É óbvio que as oposições, por razões e com finalidades diversas, actuam num contexto de convergência estratégica: todas combatem o governo.
As diferenças essenciais traduzem-se, contudo, no reconhecimento de que algumas serão sempre - e não desejam ser outra coisa - apenas oposição, porque isso faz parte da sua natureza e é condição da sua sobrevivência. Geralmente fazem um combate de guerrilha, com "emboscadas e flagelações", mas renegando o poder, que vêm como motivo de auto-destruição.
Outras, contudo, actuam numa perspectiva de conquista do poder e sentem-se mal na oposição, sofrem na oposição, porque é no exercício do poder que encontram a seiva e o cimento de estruturação partidária. São uma oposição que perfilha um combate clássico tendente a uma ocupação estável do terreno e de quem se espera inteligência, competência e sentido de Estado.
De há uns tempos para cá o PSD tem vindo a adoptar uma forma guerrilheira de oposição na tentativa, não só, de esconder as suas fragilidades internas, mas também, por não ser capaz de encontrar o ponto de equilíbrio e de sustentabilidade política, face à ausência de um mínimo de consistência ideológica. Ritualiza o vazio e dança com os seus fantasmas.
Temos por isso uma frágil oposição de poder, guiada pelos sublinhados da revista diária da imprensa, feita por um qualquer assessor, que resolveu fragilizar-se ainda mais ao assumir uma efectiva cooperação estratégica com as oposições de contra-poder.
Prova disto é que depois do acto falhado da audição sobre o controlo da comunicação social, reflexo de uma evidente incompetência política, em vez de parar para pensar e de perceber a armadilha em que se meteu, resolveu associar-se ao BE na constituição de uma comissão de inquérito que, como toda a gente percebe, não é mais do que um acto persecutório ao primeiro ministro e de cujo resultado, como já notou o candidato e líder parlamentar do PSD, há que tirar consequências políticas - em todos os sentidos acrescentemos nós.
Temos por isso uma frágil oposição de poder, guiada pelos sublinhados da revista diária da imprensa, feita por um qualquer assessor, que resolveu fragilizar-se ainda mais ao assumir uma efectiva cooperação estratégica com as oposições de contra-poder.
Prova disto é que depois do acto falhado da audição sobre o controlo da comunicação social, reflexo de uma evidente incompetência política, em vez de parar para pensar e de perceber a armadilha em que se meteu, resolveu associar-se ao BE na constituição de uma comissão de inquérito que, como toda a gente percebe, não é mais do que um acto persecutório ao primeiro ministro e de cujo resultado, como já notou o candidato e líder parlamentar do PSD, há que tirar consequências políticas - em todos os sentidos acrescentemos nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário