De acordo com os resultados preliminares do primeiro estudo sobre a saúde mental em Portugal, apresentados, recentemente, pelo Coordenador Nacional de Saúde Mental, um em cada cinco portugueses sofre de doenças psiquiátricas.
Comparativamente com outros países Portugal é o que tem a prevalência mais alta a nível europeu, com um padrão atípico e com números que só se aproximam dos Estados Unidos.
Se a questão não fosse demasiado grave poderíamos vangloriarmo-nos de, finalmente, termos um indicador em que somos os primeiros na Europa e que nos coloca ao nível da maior potência mundial.
Por outro lado o Coordenador Nacional refere que: "apesar de se falar muito da depressão, as patologias ligadas à ansiedade são as mais prevalecentes, como é o caso das perturbações de pânico, de ansiedade generalizada, fobias sociais (como o medo das alturas e de espaços fechados), stress pós-traumático e perturbações obsessivo-compulsiva."
Não sei porquê mas dá ideia que nada disto é novidade. Aliás, a comunicação social deu um reduzido destaque à apresentação deste estudo, talvez por não lhe ter encontrado nada de especial, tanto mais que, quase no mesmo momento, relatava o comportamento de muitos dos adeptos que foram assistir à final da Taça da Liga.
A questão é séria. Dá que pensar nas consequências para o país o facto de ter
um quinto da sua população com doença mental, o que significa, por exemplo, que também é possível que um quinto dos nossos políticos, dos nossos banqueiros, empresários, gestores, etc., tenha problemas mentais.
Aliás, fica a dúvida se no nosso país não é uma arte ser doente mental e se não haverá mais leitores, do que aqueles que se imagina, do divertido e provocador livro do professor e psiquiatra Pio de Abreu: "Como Tornar-se Doente Mental.
Lamentavelmente somos muitas vezes confrontados com situações bem preocupantes, com as quais não temos sabido lidar, e que representam graves consequências não só em termos de imagem nas também económicas e sociais.
Tenham-se em conta os relatos e as imagens que Luís Fernandes, no seu blogue "Questões Nacionais" http://questoesnacionais.blogspot.com/, tem dado do que se passa na Baixa de Coimbra, onde cidadãos carecidos de ajuda e tratamento na área psiquiátrica vagueiam perturbadoramente, afugentando clientes e turistas.
No meio de tudo o que vai acontecendo fica agora o temor de que seja mesmo verdadeira a habitual expressão: "Afinal está tudo doido!".
Aliás, fica a dúvida se no nosso país não é uma arte ser doente mental e se não haverá mais leitores, do que aqueles que se imagina, do divertido e provocador livro do professor e psiquiatra Pio de Abreu: "Como Tornar-se Doente Mental.
Lamentavelmente somos muitas vezes confrontados com situações bem preocupantes, com as quais não temos sabido lidar, e que representam graves consequências não só em termos de imagem nas também económicas e sociais.
Tenham-se em conta os relatos e as imagens que Luís Fernandes, no seu blogue "Questões Nacionais" http://questoesnacionais.blogspot.com/, tem dado do que se passa na Baixa de Coimbra, onde cidadãos carecidos de ajuda e tratamento na área psiquiátrica vagueiam perturbadoramente, afugentando clientes e turistas.
No meio de tudo o que vai acontecendo fica agora o temor de que seja mesmo verdadeira a habitual expressão: "Afinal está tudo doido!".
Obrigado por referir o meu nome e o meu "jornaleco de caserna". Por acaso, há dias -ontem ou antes de ontem, já não me lembro- quando estava a ler essa notícia no jornal Público, mentalmente, já me punha no lugar de doente. Ou seja, eu sou ansioso, embora não tome qualquer medicamento. Ora segundo o diagnóstico, pelo que percebi, se sou ansioso, logo sou doente. Por outras palavras..."Afinal está tudo doido", parafraseando o seu título.
ResponderEliminar