quinta-feira, 31 de maio de 2012

QUE SE CALE HOJE QUEM SE CALOU NO PASSADO

Quando me insurgi em intervenções na Assembleia Municipal de Coimbra e em artigos de opinião na comunicação social, contra a grave e inconcebível decisão do presidente da Câmara - Dr. Carlos Encarnação, de nomear o presidente da Académica para dirigir o urbanismo na Câmara de Coimbra encontrei, no essencial, o olhar critico, o afastamento explicito e uma "condenação sem perdão" de ilustres cidadãos e de dirigentes políticos e autarcas, inclusive, do meu próprio partido.

Vi, perante a complacência geral o director do urbanismo/presidente da Académica ir a despacho do presidente da Câmara, numa reunião da Assembleia Municipal, numa atitude de desafio e acinte.

Nessa altura, eu com mais alguns cidadãos, poucos, aliás, só me lembro de mais três, éramos os réus pela procura da salvaguarda de valores éticos e de interesse público numa Câmara que vinha caminhando dia a dia para o descalabro.

Para muitos havia a ideia de que contestar a situação era pôr em causa a Académica e um medo rasteiro de afrontar os seus dirigentes por razões puramente eleitoralistas. Hoje penso que reconhecerão o seu profundo erro.

Disse e repito que o grande responsável por tudo o que estava e que veio a acontecer era do então presidente da Câmara, que até galhofava com a situação. 

Não consola saber que se tinha razão porque a desilusão perante o alheamento, a condescendência e o comprometimento da cidade de Coimbra com a situação era, foi, tão chocante que resta o desconsolo e a tristeza.

Hoje, perante o que se está a passar, só espero que todos se lembrem quem foi o verdadeiro responsável pela situação e pelas consequências gravosas para Coimbra, para a sua Câmara Municipal e para a Académica/OAF.

Agora só espero que hoje se calem aqueles que se calaram no passado.