Estes dias da Páscoa, meteorologicamente incertos, propiciam, não raramente, boas surpresas quando se vai por aí, sem destino certo, aproveitando uns dias de descanso.
Por mim deixo uma sugestão sem pinga de imaginação: vão até a Alcobaça. É uma cidade simpática, com uma boa gastronomia e em cujo Mosteiro, que todos já conhecem, merece a pena beber o silêncio e refrescar os olhos.
Dos túmulos de Pedro e Inês já terá sido tudo dito mas talvez mereça a pena pensar quem seriam os canteiros que deixaram as suas iniciais gravadas nas pedras que talharam e assentaram com sabedoria.
Mas, se foram a a Alcobaça, seguindo este meu "sábio" conselho, guardem uns minutos para visitar o Armazém das Artes, um espaço cultural que fica logo ali à frente do Mosteiro e onde podem ver arte contemporânea - pintura e escultura, em que sobressai o escultor José Aurélio - e, complementarmente, uma exposição de instrumentos de precisão que, tenho de confessar, é inesperada e extraordinária.
Acreditem que há verdadeira magia em todos aqueles parafusos e rodas dentadas e uma perfeição estética que deslumbra.
E neste momento também ali estão expostos gramofones, rádios, etc., equipamentos de cuja existência nem se desconfia mas que nos orgulham tal como as pedras que o canteiro assinou e que sustentam aquela grandiosa nave que acolhe um símbolo maior do amor humano.
Os contactos do Armazém das Artes - Fundação Cultural são os seguintes: geral@armazemdasartes.pt - www.armazemdasartes.pt
Nota: Não acreditem no que eu digo, vão mesmo ver para terem a certeza.
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