Confesso
que a compreensão do negócio que envolve as cimenteiras,
nomeadamente o que está em curso na Cimpor, implica o conhecimento de diversos elementos de
negócio e de múltiplas variáveis que só os conhecedores mais profundos
nestas matérias dominarão.
Lembro, contudo, ao ler as notícias sobre o assunto o que
aconteceu, em tempos, com as cervejeiras e que levou ao desaparecimento da Fábrica da Cerveja
de Coimbra, que produzia a saudosa Cerveja Topázio.
É verdade que o tipo de negócio é diferente e que os factores de produção e comercialização não são comparáveis, mas as movimentações que se desenvolvem na área das cimenteiras e as suas implicações concretas, devem levar os decisores políticos, concretamente os autárquicos, a não se distraírem.
A unidade fabril da Cimpor, em Souselas, tem sido particularmente visada por más razões, no campo ambiental, esquecendo o seu contributo económico.
É bom ter presente que a fábrica de Souselas é particularmente relevante na economia do Concelho, extremamente importante em termos de emprego e será, porventura, a maior contribuinte em impostos directos, no caso a derrama, para as finanças municipais.
Depois do que se tem passado em Coimbra, na área industrial e da distracção da Câmara para com estas questões - lembre-se por exemplo o caso da Marcopolo que até foi utilizada como arma política de apoio ao Dr. Carlos Encarnação em 2001 e que se foi embora da maneira que foi - era bom estar alerta, perceber qual a estratégia que se desenha para a Cimpor e as sua implicações na unidade fabril de Souselas.
Quem avisa ...
Sem comentários:
Enviar um comentário