Hoje a Igreja comemora o nascimento do profeta João, dito o Baptista, filho de Zacarias e de Isabel, de quem se diz ter vivido uma vida ascética e padecido o martírio às mãos de Herodes que, a pedido de Salomé, o mandou decapitar.
Sem prejuízo do respeito religioso que a data e o profeta merecem, encontram-se, nestas breves referências, diversos elementos para reflexão.
Primeiro, Baptista não era o seu nome, mas uma alcunha porque baptizava, o que o distingue de outros Baptistas de nome próprio a quem não se reconhece a santidade nem o ascetismo.
Também se vestia com uma pele de ovelha, solução entretanto totalmente banida,
graças, em muito, à Brigitte Bardot e à sua incessante luta pela
protecção dos animais. Diga-se de passagem que a dita Brigitte Bardot, há uns anos atrás, ficava muito melhor sem nada sobre a pele do que vestido com qualquer pele.
Depois, diz-se que se alimentava parcamente de gafanhotos, que foram
substituídos pelas sardinhas, alimentação muito mais rica em ómega 3 (digo eu) e portanto muito mais saudável, ainda que mais cara (imagino eu).
Acabou decapitado, por decisão do primeiro responsável político lá do sítio e a pedido de uma mulher o que também passou um pouco de moda - a decapitação física, claro. Hoje é aos políticos que se "corta" a cabeça e nos restantes bate-se com um martelinho de plástico, ou com um alho porro - os mais conservadores. De qualquer forma mantém-se a cabeça como o sítio merecedor de pancadas e carinhos, o que é de registar.
Finalmente, tem de se notar, com tristeza, que João, dito o Baptista, que tanto veneramos, tendo passado de profeta a santo, ainda não conseguiu que os profetas tenham deixado de pregar no deserto.
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