O avanço do Projecto Metro Mondego suscita-me várias reacções.
A primeira e principal é de satisfação por ver o projecto avançar. A segunda de tristeza por neste momento não ser já uma realidade. A terceira de alguma revolta por ver protagonistas que no passado tanto o atacaram e tudo fizeram para o boicotar o assumirem, agora, como seu.
Mas como dizia alguém: É da vida.
Quem teve a visão e a ousadia - em Coimbra pode-se dizer assim - para inscrever o Projecto de Metropolitano Ligeiro no futuro da cidade não pode deixar de estar satisfeito, ainda que não esqueça os ataques políticos e as alternativas mirabolantes de túneis e que tais, que só serviam para confundir e travar o processo.
Neste momento, importante é o seu urgente desenvolvimento e o aproveitamento, a todos os níveis, das potencialidades que um projecto como este traz a Coimbra. É que não está em causa apenas um meio de transporte mas uma possibilidade histórica de reformatar as acessibilidades e a mobilidade induzindo, simultaneamente, modernização urbana em áreas criticas da cidade.
Conhecendo, no entanto, a actual gestão autárquica é inevitável a preocupação pela falta de visão e de estratégia da Câmara e os consequentes estrangulamentos que essa incapacidade pode representar para o projecto.
Basta olhar para o que se passa em toda a envolvente dos HUC e para as consequências da entrada em funcionamento do Novo Pediátrico, faça à ausência de uma rede de acessibilidades devidamente estruturada, para perceber como um projecto, que é uma enorme oportunidade, pode vir a sofrer constrangimentos e contraproducentes disfuncionalidades.
Há alguém, com particulares responsabilidades, que passa a vida a dizer que há coisas que já deviam ter sido feitas há trinta anos mas que infelizmente não consegue ver nem planear a um ano de distância.
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