A comunicação social vem fazendo abundantes referências a uma entrevista de Belmiro de Azevedo à revista Visão. O interesse da generalidade dos media - que cita e transcreve algumas das suas declarações - tem sobretudo a ver com as acusações que faz aos políticos. É um processo de marketing, recorrente do entrevistado e de publicidade para as suas empresas, com custos nulos.
Contudo, a verdadeira questão não está no que o engenheiro Belmiro de Azevedo diz. Está no relevo que lhe é dado só porque é alguém com dinheiro e poder económico. É uma voz do dinheiro, em todo o seu esplendor.
A importância mediática da entrevista é um verdadeiro barómetro do peso do poder económico e da sua convicção de superioridade sobre o poder político.
Estamos em crise mas os negócios vão bem. Os negócios que alguns dos políticos que o engenheiro Belmiro de Azevedo põe de rastos terão facilitado.
Resta a nota de "ternura" pelo despedimento político - ocorrido em tempos - de alguns ministros que eram não só os melhores mas também seus amigos, sublinhe-se.
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