segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A ESCOLHA POSSÍVEL OU A ESCOLHA NECESSÁRIA

O arranque da campanha para as eleições presidenciais do próximo ano foi sinalizado pela mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva e a consequente agenda política, tendo merecido resposta de Manuel Alegre que se apresentou, desde já,  como candidato à esquerda. 

A candidatura de Manuel Alegre, ainda que previsível, tem o mérito, ao apresentar-se neste momento, de iniciar atempadamente um processo de clarificação, de estabilização e conforto do eleitorado de esquerda, para além de demonstrar que há da sua parte uma óbvia capacidade de resposta política, no  tempo adequado.

Por estes dias, não é apenas uma leitura estética e uma intervenção poética mas a escolha da partitura política que deve reconhecer-se a Manuel Alegre.

Por outro lado, há uma demonstração de coragem ao não ter medo de se bater pelo poder em nome de um projecto para o país onde se inscrevem valores e uma visão cultural que não se confina à cartilha mínima.

O interessante é que isto acontece no preciso momento em que Cavaco Silva, através do seu presidentezinho/conselheiro, se volta a envolver na politiquice e a renovar Belém como centro de uma condenável intriga político-partidária e mediática.

Após a aprovação do Orçamento é tempo de todas as clarificações e os partidos não terão alternativa a uma decisão sobre as presidenciais. Nesse momento, aqueles que agora ainda entendem, no meio dos argumentos mais elaborados, que Manuel Alegre é apenas uma escolha possível vão perceber que, mais do que isso, Manuel Alegre é a escolha necessária.

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