Fortuna e fama.
O que uma tem de inconsciente, tem de estável a outra. A primeira serve para viver, a segunda para depois; aquela actua contra a inveja, esta contra o esquecimento. A fortuna deseja-se, e por vezes conseguimos ajudar-nos por forma a consegui-la; a fama só se obtém por esforço próprio. O desejo de obter reputação nasce da virtude, ou seja, de poder agir. A fama foi e é irmã de gigantes; move-se sempre nos extremos: ou monstros ou prodígios, ou repúdio ou aplauso.
A Arte da Prudência
Baltasar Gracián
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