sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O ESTRANHO CASO DA NOMEADA SEM NOMEAÇÃO

Haver alguém dum corpo de inspecção, que deve, obviamente, conhecer razoavelmente a Lei, iniciar funções sem que a respectiva nomeação esteja devidamente validada é, no mínimo, estranho. Mas acontece e tinha de acontecer em Coimbra.

Tendo-se apresentado e exercido funções durante alguns dias, foi tornado público – versão oficial – que afinal não podia ser nomeada por razões legais e como tal a sua nomeação ficou sem efeito. Ninguém acreditou.

Pelo meio ficou a suspeita de que não é mais do que o resultado de uma “guerra”: Coimbra versus Viseu, ou vice-versa, conduzida pelos respectivos líderes distritais do partido no poder. Toda a gente acreditou.

Para dar mais credibilidade a esta versão o presidente da Federação de Coimbra do PS veio fazer declarações públicas sobre o assunto, com a habilidade que lhe é peculiar.

Sabemos que a colocação em cargos públicos de apoiantes por dirigentes políticos, quando estes integram estruturas de poder, é uma das suas apaixonantes tarefas, sobretudo porque é através destes mecanismos que garantem a sua sobrevivência política. A distribuição de um lugarzinho vale mais do que um compêndio de boas ideias.

No meio de tudo isto e por tudo isto queimam-se soluções e afundam-se credibilidades e, sobretudo, degrada-se a imagem dos partidos e da política. Não há leis que regulem estas coisas nem que protejam a República.

Como diria alguém: É a vida, com estes dirigentes partidários…

Sem comentários:

Enviar um comentário