Há partidas inofensivas que não prejudicam e nos divertem. Uma boa partida, pregada a quem não se leva saudavelmente demasiado a sério, suscita não só uma boa gargalhada como desopila o fígado, o que é óptimo para a saúde.
Mas há partidas que são verdadeiramente indecentes e que levam, por vezes, a incidentes e a graves estados depressivos. A partida que me traz aqui não implicará nenhum trauma porque aquele que se poderia sentir incomodado não ligará nenhuma ao acontecido, mas que é indecente é.
Então não é que a Câmara de Coimbra andou a teorizar a salvação da Baixa, nomeadamente a garantia da sua segurança, através da instalação de um sistema de vídeo-vigilância e ontem, noite dentro, com todo o sistema em pleno funcionamento, há um assalto a um estabelecimento comercial perto da Câmara e as câmaras da dita vídeo-vigilância não viram nem vigiaram nada.
Mais ainda, há uma câmara instalada na Câmara que devia ver e vigiar o local do assalto, mas nada. Concorde-se que é uma partida indecente pregada à Câmara, cujo presidente tanto enalteceu este desculpabilizante sistema da falta de políticas autárquicas para aquele espaço.
Quando os cidadãos de Coimbra perceberem o logro de medidas camarárias como esta, com a qual o Governo colaborou entusiasticamente diga-se de passagem, talvez já não exista comércio na Baixa.
Nota: Espero que não tenham ficado confusos com referência a tanta câmara mas não se preocupem porque nenhuma funciona, nem a maiúscula nem as minúsculas.
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