A
Universidade de Coimbra vai entregar, no próximo dia 1 de março,
dia em que comemora 728 anos, o “Prémio Universidade de Coimbra
2018” ao musicólogo, historiador e professor universitário Rui
Vieira Nery.
Nas
razões invocadas para esta distinção a Universidade refere
o
importante
trabalho
de
divulgação do valor e relevância do acervo de música barroca
portuguesa que é património da Universidade e originário
essencialmente do Mosteiro de Santa Cruz.
Com
o pedido de tolerância e
compreensão dos
leitores destes meus escritos, por
continuar a bater na mesma tecla, não
posso deixar de aproveitar
esta ocasião para voltar a falar na importância da música em
Coimbra e relembrar
os sucessivos apelos/sugestões para
que Coimbra apresente uma candidatura à UNESCO como “Cidade da
Música”.
Dispenso-me
de repetir
as
inequívocas vantagens dum processo desta natureza e a mais valia
para Coimbra da
sua aprovação, assim
como o que são os
seus
atributos
e méritos: uma
história secular nesta área; uma expressão musical urbana
especifica; e a enorme vitalidade
que revela nas mais diversas expressões musicais.
Claro
que também sei que sugestões destas, feitas por um qualquer João
Silva, não merecem atenção, talvez até sejam contraproducentes,
mas deixem-me aproveitar o momento para aborrecer, de novo, com a
questão e, já agora, acrescentar um pedido.
É
sabido que santos da casa não fazem milagres e
por isso o meu pedido vai no sentido de que
solicitem
a reflexão
e a voz
do Professor Rui
Vieira
Nery sobre o assunto e,
porque não, a
de Adriana Calcanhoto
que,
por estes dias, vai voltar a lecionar na Universidade.
Têm
um investigador e musicólogo e uma artista, ambos qualificados
professores, que conhecem profundamente o “mundo da música” e
que também conhecem Coimbra e as suas características, por
isso perguntem-lhes
se a ideia da
candidatura à
UNESCO de
“Coimbra Cidade da Música”, no
âmbito das Cidades Criativas,
terá
interesse e possibilidades de vencimento.
Também,
neste
momento, em que a descentralização vive um exaltante amor político,
poderiam a Cidade e a Universidade unirem-se para defenderem a
instalação definitiva
em
Coimbra do
Museu
Nacional
da
Música, que
tantos
tratos
de polé tem
sofrido, e
que poderia ser o Museu Nacional Carlos Seixas (grande músico
conimbricense) porque
terá aqui um bom respaldo, contribuirá
para animar o ambiente cultural da cidade, acrescentar-lhe-á
swing, ajudará
a afinar e
a sintonizar a
sua voz e será
muito mais
fácil
e viável do que transferir
o Infarmed ou o Tribunal Constitucional.
Como
sou um desafinado deixo, finalmente,
o pedido aos afinados, que concordam
com a ideia, que façam ouvir a sua voz.
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