quinta-feira, 8 de março de 2018

PELA CRIAÇÃO DO MUSEU NACIONAL CARLOS SEIXAS NA CIDADE DA MÚSICA


A Universidade de Coimbra vai entregar, no próximo dia 1 de março, dia em que comemora 728 anos, o “Prémio Universidade de Coimbra 2018” ao musicólogo, historiador e professor universitário Rui Vieira Nery.

Nas razões invocadas para esta distinção a Universidade refere o importante trabalho de divulgação do valor e relevância do acervo de música barroca portuguesa que é património da Universidade e originário essencialmente do Mosteiro de Santa Cruz.

Com o pedido de tolerância e compreensão dos leitores destes meus escritos, por continuar a bater na mesma tecla, não posso deixar de aproveitar esta ocasião para voltar a falar na importância da música em Coimbra e relembrar os sucessivos apelos/sugestões para que Coimbra apresente uma candidatura à UNESCO como “Cidade da Música”.

Dispenso-me de repetir as inequívocas vantagens dum processo desta natureza e a mais valia para Coimbra da sua aprovação, assim como o que são os seus atributos e méritos: uma história secular nesta área; uma expressão musical urbana especifica; e a enorme vitalidade que revela nas mais diversas expressões musicais.

Claro que também sei que sugestões destas, feitas por um qualquer João Silva, não merecem atenção, talvez até sejam contraproducentes, mas deixem-me aproveitar o momento para aborrecer, de novo, com a questão e, já agora, acrescentar um pedido.

É sabido que santos da casa não fazem milagres e por isso o meu pedido vai no sentido de que solicitem a reflexão e a voz do Professor Rui Vieira Nery sobre o assunto e, porque não, a de Adriana Calcanhoto que, por estes dias, vai voltar a lecionar na Universidade.

Têm um investigador e musicólogo e uma artista, ambos qualificados professores, que conhecem profundamente o “mundo da música” e que também conhecem Coimbra e as suas características, por isso perguntem-lhes se a ideia da candidatura à UNESCO de “Coimbra Cidade da Música”, no âmbito das Cidades Criativas, terá interesse e possibilidades de vencimento.

Também, neste momento, em que a descentralização vive um exaltante amor político, poderiam a Cidade e a Universidade unirem-se para defenderem a instalação definitiva em Coimbra do Museu Nacional da Música, que tantos tratos de polé tem sofrido, e que poderia ser o Museu Nacional Carlos Seixas (grande músico conimbricense) porque terá aqui um bom respaldo, contribuirá para animar o ambiente cultural da cidade, acrescentar-lhe-á swing, ajudará a afinar e a sintonizar a sua voz e será muito mais fácil e viável do que transferir o Infarmed ou o Tribunal Constitucional.

Como sou um desafinado deixo, finalmente, o pedido aos afinados, que concordam com a ideia, que façam ouvir a sua voz.




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