quinta-feira, 8 de março de 2018

DIA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA


Ainda vem longe o Dia da Cidade, 4 de julho, mas por isso mesmo será bom lançar, com tempo, a semente de alguma reflexão sobre a celebração. Se tiver algum mérito e proveito ótimo, caso contrário a vida continua como aconteceu há uns dois anos quando sugeri aqui, sem sucesso, que nesse ano e nesse dia fosse dada relevância às empresas das novas tecnologias existentes e em florescimento no Município.

É óbvio que a Cidade e a Universidade são um casal com séculos de vida em comum e que apesar de algumas crises, como aliás acontece com a generalidade dos casais, estão bem casados, complementando-se nas qualidades e defeitos, sendo impossível dissociá-los.

Decerto que ao longo dos seus 727 anos de existência a Universidade terá sido reconhecida, elogiada e mimada pela Cidade o que não quer dizer que de vez em quando não mereça a renovação dos votos de amor e de reconhecimento pelo seu trabalho e a importância radical que tem para o espaço, a imagem e o prestigio do que se entende ser Coimbra.

Ao longo dos séculos as cidades universitárias foram-se distinguindo, não só pelo saber mas também pelas condições de vida na aprendizagem. O espírito de Coimbra é, por mais que o tentem escamotear, copiar e macaquear, único e se a dimensão global em que vivemos aposta cada vez mais na captação de estudantes como forma de afirmação, de desenvolvimento, de divulgação cultural e, sublinhe-se, de valor económico, então a Cidade, a quem cabe cultivar a infraestrutura ambiental a esse sucesso tem trabalho a fazer e não se pode distrair.

Este ano vamos ter aqui, de 15 a 28 de julho, os European Universitis Games, o que implica a vinda de centenas atletas universitários, treinadores, familiares, amigos e órgãos de comunicação social de toda a Europa - momento que não se pode desperdiçar -, parece que será um excelente ano para a Cidade celebrar, no seu dia, a Cidade Universitária que é Coimbra e vai continuar a ser.

Não uma celebração passadista mas uma celebração virada para o futuro, dado que este é um tempo de apostas urgentes e especiais de futuro e que se a Universidade faz o seu trabalho cientifico e cultural com elevado mérito, a cidade deve empertigar-se e tudo fazer para acompanhar esse trabalho, valorizando a Universidade e por consequência valorizando-se.

Aproveitar o seu dia festivo e de exaltação do patriotismo de Cidade para celebrar a Cidade Universitária que é, seria um excelente arranque dos Jogos Europeus Universitários e uma forma de chamar a atenção dos cidadãos, dos agentes culturais e económicos para um evento que pode trazer significativos benefícios para todos, para além de um dever de gratidão para com a secular instituição que é a sua Universidade.

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