Ainda
vem longe o Dia da Cidade, 4 de julho, mas por isso mesmo será bom
lançar, com
tempo,
a semente de alguma reflexão sobre a celebração. Se
tiver algum mérito e proveito ótimo, caso contrário a vida
continua
como
aconteceu há
uns dois anos quando
sugeri aqui, sem
sucesso,
que nesse ano e nesse dia fosse dada relevância às empresas das
novas tecnologias existentes e em florescimento no Município.
É
óbvio que a Cidade e a Universidade são um casal com séculos de
vida em comum e que apesar de algumas crises, como aliás acontece
com a generalidade dos casais, estão bem casados, complementando-se
nas qualidades e defeitos, sendo impossível dissociá-los.
Decerto
que ao longo dos seus 727 anos de existência a Universidade terá
sido reconhecida, elogiada e mimada pela Cidade o que não quer dizer
que de vez em quando não mereça
a renovação dos votos de amor e de reconhecimento pelo seu trabalho
e a importância radical que
tem para
o espaço, a imagem e o prestigio do que se entende ser Coimbra.
Ao
longo dos séculos as cidades universitárias foram-se distinguindo,
não
só pelo
saber mas
também
pelas condições de vida na aprendizagem. O espírito de Coimbra é,
por mais que o tentem escamotear, copiar e macaquear, único e se a
dimensão global em que vivemos aposta cada vez mais na captação de
estudantes como forma de afirmação, de desenvolvimento, de
divulgação cultural e, sublinhe-se, de valor económico, então a
Cidade, a quem cabe cultivar a infraestrutura ambiental a esse
sucesso tem trabalho a fazer e não se pode distrair.
Este
ano vamos ter aqui, de 15 a 28 de julho, os European Universitis
Games, o que implica a vinda de centenas atletas universitários,
treinadores, familiares, amigos e órgãos de comunicação social de
toda a Europa - momento que
não
se pode desperdiçar -,
parece que será
um excelente ano para a Cidade celebrar, no seu dia, a Cidade
Universitária que é Coimbra e vai
continuar
a
ser.
Não
uma celebração passadista mas uma celebração virada para o
futuro, dado que este é um tempo de apostas urgentes e especiais de
futuro e que se a Universidade faz o seu trabalho cientifico e
cultural com elevado mérito, a cidade deve empertigar-se e tudo
fazer para acompanhar esse trabalho, valorizando
a Universidade e
por consequência valorizando-se.
Aproveitar
o seu dia festivo e de exaltação do patriotismo de Cidade para
celebrar a Cidade Universitária que é, seria
um excelente arranque
dos Jogos Europeus Universitários e
uma
forma de chamar
a atenção dos cidadãos, dos
agentes culturais e económicos para um evento que pode trazer
significativos benefícios para todos, para
além de um dever de gratidão para com a secular instituição que é
a sua Universidade.
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