Cumprindo a promessa
que fiz há algum tempo e de que aqui dei conta, não tenho entrado na Praça do
Comércio, em Coimbra, enquanto ela estiver transformada num ofensivo parque de
estacionamento.
Esta manhã de sábado fui
espreitar e confesso a minha revolta por continuar a ver um espaço magnífico da
minha cidade invadido por carros e carrinhas de forma anárquica de despudorada.
Não sei de quem serão os
carros mas tenho de concluir que são de pessoas que não gostam de Coimbra porque
com este comportamento a ofendem gratuitamente. Dizem-me alguns que são de
comerciantes da Baixa, não acredito. Como é que comerciantes que vivem com
imensas dificuldades, vêm a sua atividade comercial carente de clientes se
atrevem a degradar o seu ambiente de trabalho afastando inevitavelmente clientes
e sendo, como tal, protagonistas da sua própria desgraça.
Como é possível pensar
que uma cidade que tem espaços classificados com Património da Humanidade e que
pretende atrair turistas, visitantes, investimento, se permite apresentar um
espaço daqueles atulhado de carros e feito espantalho de pessoas.
É óbvio que a Câmara e
a Junta de Freguesia têm de atuar mas, antes de mais, neste como noutros casos,
os cidadãos de Coimbra têm de se revoltar e exprimir essa revolta em defesa do
seu património histórico e urbano mas, sobretudo, do seu património convival e
de respeito pelo seu espaço público.
Continuarei a não
entrar na Praça do Comércio enquanto esta situação se mantiver e até deixo o convite aos meus amigos que
façam o mesmo e que divulguem sobre todas as formas esta atitude de defesa
daquela magnifica praça de Coimbra.
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