1. Oxalá. Deus queira que dê certo.
O
governo de Coimbra apresenta, na sequência dos últimos resultados eleitorais,
algumas novidades políticas que é bom ter presente. A abstenção, ainda que
esperada, foi demasiado elevada para não merecer reflexão tendo, para mais, em
atenção o facto de haver uma lista de independentes e de o CDS se apresentar
autonomamente, permitindo um leque alargado de opções o que, logicamente,
deveria ser motivo de mobilização na ida às urnas. Infelizmente não foi o que
aconteceu, o que significa que as soluções apresentadas aos eleitores, ainda que
mais vastas, não foram suficientemente motivadores, nem suscetíveis de criação
de um sentimento de esperança e de confiança nos atores políticos em jogo.
Sabendo-se que o
presidente da Câmara seria sempre um veterano, suficientemente conhecido do
eleitorado para suscitar expectativas, os eleitores – os que decidiram votar e
escolher - geraram um governo municipal fragilizado à direita e confuso à
esquerda.
Agora em fase de ajuste
político e de acerto estratégico, perante a nova realidade democraticamente
consagrada, era óbvia a expectativa dos munícipes em ver como iria ser
entendida a sua escolha e a consequente arrumação da casa na Praça 8 de Maio e
nos respetivos anexos. Perante a demora, para muitos inexplicáveis, a
expectativa deu lugar à especulação e até a algum, pouco saudável, desalento, o
que só piora o quadro de angústia de uma cidade que anseia por uma liderança
inspiradora e mobilizadora.
Vamos acreditar que
este tempo de preparação do quadro decisório a nível político se traduza, num
futuro imediato, numa arrancada consistente e fulgurante tão necessária a uma
cidade confusa e expectante. Oxalá.
2.
A transformação do nosso “mundo”, proposta por alguns ideólogos difíceis de
classificar e em execução permanente por uns tantos políticos marionetas, que
nos apresentam o futuro como filho da crise, sem olhar aos caídos em combate na
convicção de que nunca serão eles, trouxe-nos a desvitalização económica e
financeira da cidade.
Quando pensamos na
redução dos serviços público e do respetivo financiamento, particularmente na
saúde e na educação, bem como dos vencimentos e pensões dos funcionários
públicos e olhamos para a nossa realidade económica, muito centrada nestas
áreas, temos de perceber que o nosso nervo financeiro foi atingido e que vamos
ter de lutar muito para não nos afundarmos mais.
Como isto acontece no
preciso momento em que o nosso presidente de Câmara vai liderar o maior
Comunidade Intermunicipal do País e a Associação Nacional dos Municípios, temos
de convir que Coimbra vai ter, em contraponto à sua perda económica, um ganho
político, pelo que será legítimo, a bem do nosso futuro coletivo, pedir que Deus
ajude o Dr. Manuel Machado. Inshalá.
Para bem da nossa cidade...
ResponderEliminarInshalá.