quinta-feira, 21 de novembro de 2013

INSHALÁ


1.    Oxalá. Deus queira que dê certo. 


O governo de Coimbra apresenta, na sequência dos últimos resultados eleitorais, algumas novidades políticas que é bom ter presente. A abstenção, ainda que esperada, foi demasiado elevada para não merecer reflexão tendo, para mais, em atenção o facto de haver uma lista de independentes e de o CDS se apresentar autonomamente, permitindo um leque alargado de opções o que, logicamente, deveria ser motivo de mobilização na ida às urnas. Infelizmente não foi o que aconteceu, o que significa que as soluções apresentadas aos eleitores, ainda que mais vastas, não foram suficientemente motivadores, nem suscetíveis de criação de um sentimento de esperança e de confiança nos atores políticos em jogo.


Sabendo-se que o presidente da Câmara seria sempre um veterano, suficientemente conhecido do eleitorado para suscitar expectativas, os eleitores – os que decidiram votar e escolher - geraram um governo municipal fragilizado à direita e confuso à esquerda. 


Agora em fase de ajuste político e de acerto estratégico, perante a nova realidade democraticamente consagrada, era óbvia a expectativa dos munícipes em ver como iria ser entendida a sua escolha e a consequente arrumação da casa na Praça 8 de Maio e nos respetivos anexos. Perante a demora, para muitos inexplicáveis, a expectativa deu lugar à especulação e até a algum, pouco saudável, desalento, o que só piora o quadro de angústia de uma cidade que anseia por uma liderança inspiradora e mobilizadora.


Vamos acreditar que este tempo de preparação do quadro decisório a nível político se traduza, num futuro imediato, numa arrancada consistente e fulgurante tão necessária a uma cidade confusa e expectante. Oxalá.


2. A transformação do nosso “mundo”, proposta por alguns ideólogos difíceis de classificar e em execução permanente por uns tantos políticos marionetas, que nos apresentam o futuro como filho da crise, sem olhar aos caídos em combate na convicção de que nunca serão eles, trouxe-nos a desvitalização económica e financeira da cidade.


Quando pensamos na redução dos serviços público e do respetivo financiamento, particularmente na saúde e na educação, bem como dos vencimentos e pensões dos funcionários públicos e olhamos para a nossa realidade económica, muito centrada nestas áreas, temos de perceber que o nosso nervo financeiro foi atingido e que vamos ter de lutar muito para não nos afundarmos mais.


Como isto acontece no preciso momento em que o nosso presidente de Câmara vai liderar o maior Comunidade Intermunicipal do País e a Associação Nacional dos Municípios, temos de convir que Coimbra vai ter, em contraponto à sua perda económica, um ganho político, pelo que será legítimo, a bem do nosso futuro coletivo, pedir que Deus ajude o Dr. Manuel Machado. Inshalá.

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