terça-feira, 28 de junho de 2011

GANHAR O FUTURO


Face à enorme incerteza que nos rodeia a política passou a assumir uma dimensão muito mais modesta do que aquela a que estávamos habituados. Os tempos de enorme contingência que vivemos trouxeram-nos uma grande insegurança, levando-nos a duvidar da possibilidade de tomar boas e racionais decisões.

Por outro lado vivemos órfãos de grandes líderes, a quem seguíamos sem reservas, e passámos a dispor de uma maior capacidade de intervenção política e pública, potenciada por mais conhecimento, mais informação e por uma rede de contactos imediatos, o que nos permite questionar e por em crise qualquer verdade insofismável que nos apresentem.

Neste contexto temos de encontrar um novo tipo de líder. Um líder com uma superior argúcia, uma enorme capacidade de leitura global da realidade, de adaptação perante as situações e de formulação de respostas consentâneas com um quadro referencial de valores e de princípios de âmbito colectivo, que tende a evoluir de forma vertiginosa.

Temos, por outro lado de considerar o contexto do exercício da sua liderança e ter em conta as competências e capacidades mais adequadas á defesa e enriquecimento de um projecto político que tenha em conta o momento de enorme complexidade e turbulência que existe e que, tudo indica, vai ser regra doravante.

Para mais a esquerda atravessa um momento de grande nostalgia, de pessimismo e de descrença que é preciso vencer e, por isso, não pode perder tempo num arcaico politicamente correcto que não tem a ver com o presente e muito menos com o futuro.

Por tudo isto procuram-se, cada vez mais, líderes capazes de sobreviver em sociedades extremamente complexas e imprevisíveis e, à esquerda, líderes que recuperem a esperança e sejam capazes de transformar a política revertendo a ideia de fatalidade que atacou a esquerda e a tem levado a fazer a política da direita.

Estrutural e organicamente os partidos estão obrigados a mudar: A realidade vai impor-se-lhes, sem qualquer dúvida, pelo que, no essencial, precisam, isso sim, de encontrar os tais líderes que tenham ideias, tragam caminhos de esperança, palavras de confiança e o vento mobilizador que arrasta.

Por mim, numa reflexão, tão atenta e informada quanto possível, e neste quadro de entendimento, e porque o PS precisa de voltar a sentir-se confortável com a ideia de progresso e de futuro, fui ganhando a convicção de que Francisco Assis é a melhor solução para liderar o PS e, por isso, tem o meu apoio.

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