O presidente da Câmara de Coimbra, Dr. Carlos Encarnação, dá hoje uma entrevista ao Diário as Beiras, em que se apresenta, de uma forma clara, como um presidente vencido e em fuga.
Num tom de lamúria, assume a desresponsabilização pela absoluta falta de visão, de ideias e de projectos, culpabilizando terceiros pela vacuidade da sua capacidade de expressão política, assumindo o único mérito de vir a deixar, no fim de três mandatos, algumas obras idealizadas por outros.
É difícil encontrar num presidente de Câmara deste país um discurso tão fraco e deprimido, para mais quando ainda não chegou a meio do mandato.
Até chega a ser patética a resposta que dá, na conclusão da entrevista, sobre a sua decisão de nomear e manter como director municipal o presidente da Académica, por três anos e não dois como refere, sabendo como feriu, com a sua decisão e as suas omissões sobre o assunto, a honra e dignidade da Câmara e obviamente de Coimbra, apesar de todos os alertas que lhe foram pública e expressamente feitos.
Percebe-se hoje, melhor do que nunca, que o Dr. Carlos Encarnação não está a fazer nada na Câmara de Coimbra e que a todo o momento, caso apanhe um simples constipação, deixará o cargo, até porque o PSD não tem moral para lhe pedir mais nada, mesmo que lhe forneça um anti-gripal...
O problema é que os munícipes de Coimbra o elegeram para um mandato de quatro anos e por isso têm toda a moral para lhe exigir que o cumpra e que não se entretenha a preparar uma fuga airosa.
A derrota interior do Dr. Carlos Encarnação foi-nos apresentada hoje, em letra de forma, e a fuga vai ser trazida daqui a algum tempo com base numa mistificação.
A herança que vai deixar à cidade é muito pesada, sobretudo porque deixará um rasto de destruição de valores e de procedimentos éticos que eram um dos grandes patrimónios da sua Câmara.
Concordo com o essencial. No mínimo, pelo respeito aos eleitores, deveria levar o mandato até ao fim.
ResponderEliminarAbraço.
Luís Fernandes