Do resultado das eleições para a Federação de Coimbra do PS fica a dúvida se foi Mário Ruivo que ganhou ou Victor Baptista que perdeu.
Poder-se-á dizer que é a mesma coisa, mas não é bem assim.
É que haverá quem tenha votado em Mário Ruivo em desespero com a liderança (?) de Victor Baptista, que nos seus mandatos reduziu o PS Coimbra a uma sombra de si próprio, especialmente naquilo que tem de mais profundo: os seus ideais e os seus valores; tendo-o conduzido, por uma inqualificável prática política e uma absoluta ausência de visão e de estratégia, a um desgraçado caminho de difícil retorno.
Mário Ruivo vai, por isso, ter de provar que a sua eleição não é o resultado da rejeição do seu oponente, assim como vai ter de trabalhar muito para se impor e protagonizar uma efectiva mudança e um retorno aos valores e à prática política inerentes a um grande partido, que está acantonado num beco onde falta memória, qualidade e credibilidade política.
Mais ainda, Mário Ruivo vai ter muito que penar perante as rasteiras, os truques e as habilidades inerentes a um mau perder e a uma absoluta incapacidade de percepção de uma imagem de esgotamento e de vacuidade política que por vezes chegou a roçar o risível.
Da tardia derrota de Victor Baptista só fica o amargo de boca de o ver arrastar na sua queda alguns militantes a quem o PS muito deve e que desta forma acabam por sofrer uma nova morte política.
De facto a vida tem estas ironias: Batista foi daqueles que no passado contribuiu para a derrota de Machado. Agora é ver Machado a tentar segurar Batista.
ResponderEliminarVer Machado a apoiar Batista doi muito.
migl