segunda-feira, 12 de outubro de 2015

PORQUE É UMA SEGUNDA-FEIRA DE ESCOLHAS

Tivemos eleições para a Assembleia da República sabendo que do seu resultado sairia o futuro governo, cabendo agora aos partidos políticos encontrar, nesse contexto, a solução governativa. 
 
Em termos constitucionais não elegemos nenhum primeiro-ministro ainda que em termos políticos a ideia prevalecente é a de que o líder do maior partido ou da maior força política deverá ser o primeiro-ministro. Esta é uma visão incorreta mas que tem sido pacificamente adotada nas campanhas eleitorais. Neste momento qualquer outra solução terá consequências extremamente negativas para quem a protagonizar.

O sonho de um governo á esquerda que partilho, só será possível de realizar ou por uma incapacidade imediata da direita de governar ou daqui a algum tempo quando se tornar inequívoco que PS, PCP e BE têm um entendimento sólido, politicamente saudável em que mantendo-se as diferenças não haja turbulência, nem ruturas ou ameaças de rutura permanentes.

É uma atitude de respeito para com os militantes do PCP e eleitores, que durante todo o regime democrático sempre confrontaram o PS em questões fundamentais, como o projeto europeu, não acreditar que em meia dúzia de dias vão esquecer tudo isso e renegar os elementos essenciais da sua visão e da sua estratégia política. Não se acredita no suicídio do PCP depois de tantos anos de luta pela sobrevivência para mais com os mesmos atores políticos.

É também uma atitude de respeito pelos militantes e eleitores do BE, que assumiram bandeiras políticas essenciais contrárias às do PS acreditar na sua sinceridade, a não ser que assumam uma fase syriza 2 o que não parece não ser possível face ao que se passou na campanha eleitoral.

Assim é essencial que a esquerda - PS, PCP e BE - saiba esperar e trabalhar consistentemente num programa político de futuro. O PS não pode precipitar-se num jogo à partida viciado. Hoje Passos e Portas devem constituir governo, sem mais.

Não contribuamos para o grande sonho da direita europeia de destruir mais um grande partido de esquerda e de agrilhoar todas as esquerdas ao seu modelo social e económico.





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