O formato das festas académicas
que vão acontecendo por esse país fora é, sem dúvida, cópia do modelo desenvolvido,
com sucesso, aqui por Coimbra, nos últimos anos, pelas empresas produtoras de
eventos e de cerveja.
Não têm nada de genuíno,
nem são qualquer valia “académica” para os intervenientes, resumindo-se a um
bom negócio para as “grandes indústrias” e numa pequena parte para algumas
áreas de comércio das cidades.
Morta a simbologia que
lhe esteve na origem, hoje pouco resta do ritual de passagem, tendo-se a
convicção de que apenas continuarão a existir enquanto derem lucro.
Apesar de tudo muitos
ainda acreditavam que havia uma réstia de amizades e cumplicidades que se consolidava
nestes momentos, dando nós para o futuro.
Pois bem, o que
aconteceu no Porto veio trazer-nos a evidência mais dramática que poderíamos
ter da mentira em que se baseiam estas festas. Ficou provado que uns barris de
cerveja são muito mais valiosos do que era a vida do Marlon.
A Federação Académica
do Porto pela forma como reagiu ao assassino do Marlon passou a primeira
certidão de óbito a estas festas académicas.
Pergunto-me: será que
em Coimbra a reação seria diferente? Fico-me com a maldita dúvida: se calhar
não.
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