quinta-feira, 9 de maio de 2013

O FUNERAL DAS FESTAS ACADÉMICAS



O formato das festas académicas que vão acontecendo por esse país fora é, sem dúvida, cópia do modelo desenvolvido, com sucesso, aqui por Coimbra, nos últimos anos, pelas empresas produtoras de eventos e de cerveja.

Não têm nada de genuíno, nem são qualquer valia “académica” para os intervenientes, resumindo-se a um bom negócio para as “grandes indústrias” e numa pequena parte para algumas áreas de comércio das cidades.

Morta a simbologia que lhe esteve na origem, hoje pouco resta do ritual de passagem, tendo-se a convicção de que apenas continuarão a existir enquanto derem lucro.

Apesar de tudo muitos ainda acreditavam que havia uma réstia de amizades e cumplicidades que se consolidava nestes momentos, dando nós para o futuro.

Pois bem, o que aconteceu no Porto veio trazer-nos a evidência mais dramática que poderíamos ter da mentira em que se baseiam estas festas. Ficou provado que uns barris de cerveja são muito mais valiosos do que era a vida do Marlon. 

A Federação Académica do Porto pela forma como reagiu ao assassino do Marlon passou a primeira certidão de óbito a estas festas académicas.

Pergunto-me: será que em Coimbra a reação seria diferente? Fico-me com a maldita dúvida: se calhar não.

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