Não me recordo de nas previsões astrológicas para 2010 ter havido videntes suficientemente competentes para adivinhar o tão vasto naipe de acontecimentos que tiveram lugar, neste ano, em Coimbra.
Pelo menos não me recordo do anúncio, por força da conjugação astral ou das cartas do tarot, de três grandes derrotas que marcaram o ano. A primeira, a do Metro Mondego, pela impotência demonstrada por Coimbra perante o abandono do projecto pelo governo. A segunda, a do Dr. Carlos Encarnação, em fuga da Câmara, num ataque de pânico, face à consciência das consequências desastrosas da sua gestão. Finalmente a do PS a nível distrital, paralisado pela derrota dum vencedor imposta pela vitória do vencido.
Pode-se e deve-se, apesar disto, ter uma visão prospectiva para Coimbra, ainda que de curto prazo, e tentar equacionar um cenário que, à luz dos elementos existentes, é de óbvia anarquia paralisante, com a Câmara a caminhar simpaticamente para o caos, os principais partidos políticos com objectivos baralhados e as câmaras de vigilância entretidas com uma Baixa cada vez mais vazia e abandonada.
Segunda conclusão: é fácil fazer previsões para Coimbra!
De acordo com estas conclusões, e sem ser necessário deitar os búzios, é possível prever que em Coimbra, em 2011, continuará a faltar uma liderança forte, um discurso ético consequente e uma acção política determinante à sua defesa e desenvolvimento.
Restamos nós, que este ano não temos procissão da Rainha Santa, a lavar as nossas mágoas na certeza de que nos falta cada vez mais futuro e nos sobra cada vez mais mediocridade.
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