Dizia o presidente Carlos Encarnação, perante a situação de acumulação de um director municipal do urbanismo com a presidência de um clube de futebol, que não passava de um problema moral que só ao referido director cabia considerar.
Assim, apenas com a moral pelo meio, aconteceu a amoralidade de durante três anos a situação se ter arrastado e de a instituição Câmara de Coimbra se ver envolvida - como nunca tinha acontecido na sua história - num triste processo e num triste espectáculo que se desenrola publicamente nos bancos do Tribunal.
Claro que toda a gente sabia e sabe que o problema não era moral, era um problema político em que um presidente "qualificado" como grande político - porque se sabe safar seja à custa de quem e do que for - envolveu a instituição que governa a cidade, desqualificando-a e desprestigiando-a.
A cada dia que passa e perante o que se vai sabendo mais se percebe a incompetência de um governo autárquico onde: "Simões aprovou o que Rebelo indeferiu", como noticiava um jornal e que significa que o director municipal se dava ao luxo de revogar a seu belo prazer alterar decisões do vereador. E quantas não terão sido?
Não haveria aqui, pelo menos, uma questãozita disciplinar?
Como se vai vendo o problema não era moral e o que se vai concluindo é que a moral do problema está no inqualificável comportamento político do presidente da Câmara.
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