Era desnecessário escrever sobre este assunto porque, estou certo, todos os leitores sabem que por estes dias se realizam em Coimbra os Jogos Europeus Universitários (EUG2018), que, como diz o secretário-geral da organização, é o maior evento multidesportivo realizado em Portugal.
Trata-se
de um evento que está profusamente divulgado, nomeadamente pela
cidade e municípios vizinhos, até porque as provas de canoagem vão
ter lugar em Montemor, e
que,
como todos os conimbricenses sabem, envolverá 4500 atletas, de 13
modalidades, em representação de 40 países e 350 universidades.
É
um grande acontecimento de dimensão nacional e repercussão
internacional, qualquer coisa como metade de uns jogos olímpicos,
que levou a uma preparação complexa e a um investimento importante
em instalações desportivas, coisa que todos os conimbricenses
conhecem
e
os enche de satisfação.
Já
que o EURO2004, por desencontro de vontades, não permitiu a
renovação do Estádio Universitário, agora passados 14 anos, há
por ali beneficiações importantes e vê-se que a Cidade está
entusiasmadíssima com o facto.
Aliás,
só alguém muito
distraído
ignorará este acontecimento, porque, desde as entradas da cidade até
aos locais estratégicos de maior circulação, são visíveis
cartazes e outdoors
de divulgação, o
que, obviamente, eleva
a auto-estima dos habitantes e suscita
a
admiração dos visitantes, particularmente dos turistas, pela
a
importância da cidade e
da sua universidade e a dimensão que a mesma têm a nível
internacional.
Hoje,
quando é cada vez mais importante a “economia” do ensino e se
disputam alunos de todos os cantos do mundo para frequentarem as
nossas universidades, este é sem dúvida um excelente elemento de
marketing que foi devidamente aproveitado e
por isso a enorme divulgação que está
a ter.
Numa
cidade do conhecimento - que
parece
desconhecer-se
por andar permanentemente a questionar-se sobre a sua identidade e
futuro -, e
que
continua
a ser vista como a Cidade Universitária do país, este é um momento
que está a ser muito bem aproveitado e para o qual a cidade no seu
todo se preparou devidamente, sabendo que há poucos acontecimentos
como este que, de forma tão eficaz e económica, lhe permitirão
divulgar
a
sua vocação universal de ensino e investigação e
de smart
city.
De
repente lembrei-me daquela história do mestre e do
discípulo que caminhavam lentamente, a meio da noite, e de súbito o
discípulo diz, a meia voz: “Que silêncio”, a que o mestre
responde: “Não digas que silêncio. Diz, não oiço nada.”
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