quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MUSEU DA MÚSICA EM COIMBRA



Por estes dias visitei o Museu da Música.

Não sei se sabem, o Museu da Música está instalado provisoriamente na Estação do Metropolitano do Alto dos Moinhos (Lisboa), com base num protocolo celebrado entre a Direcção-Geral do Património Cultural e o Metropolitano de Lisboa, que termina em dezembro de 2018.

Confesso que a visita ao Museu - onde num espólio extremamente interessante de instrumentos musicais não existe nenhuma guitarra de Coimbra -, me levou mais uma vez a pensar na música como um pilar da maior relevância num projeto cultural, global e urgente, para Coimbra.

Por diversas vezes tenho defendido a importância e o mérito que teria uma candidatura de Coimbra a Cidade da Música, no âmbito das Cidades Criativas da UNESCO, e agora acrescento: por que não considerar a instalação do Museu da Música na nossa cidade?

Acontece que e que o secretário de estado do anterior governo decidiu, por força do términus do protocolo existente, a transferência do Museu para o Palácio Nacional de Mafra, o que implicará obras de adaptação que à partida são estimadas em mais de 6,5 milhões de euros.

Ora, face a este quadro, perante uma nova realidade política e sabendo-se que o Palácio de Mafra já tem problemas que cheguem para salvar o seu carrilhão, cujos sinos estão em risco de queda, não seria possível que a Câmara Coimbra visse, junto do atual Ministro da Cultura, da possibilidade do Museu da Música ser instalado definitivamente em Coimbra?

Será que não seria possível reunir e envolver neste processo todos os deputados à Assembleia da República pelo círculo de Coimbra, neste que é, sem dúvida, um bom e penso que consensual combate político? 

Será que não seria possível conseguir o envolvimento dos que fazem música em Coimbra (instituições e particulares) no sentido da criação de um forte movimento de opinião favorável a esta ideia?

Será que não seria possível espevitar um dito lobby de Coimbra que terá na música uma referência comum e motivadora de agregação?

Será que Carlos Seixas, Hilário, Zeca, António Portugal, etc., etc., etc., não merecem um esforço de aprofundamento desta ideia?

Será que não seria uma importante mais-valia para Coimbra ser Cidade da Música e ter o Museu da Música? 

(Artigo publicado na edição de 8 de setembro, do Diário de Coimbra)

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