Em 18 de Outubro de 2011 dirigi à Direcção do PS o apelo que abaixo está transcrito, onde afirmei, na altura, muito do que agora está a ser dito e que não terá merecido atenção.
Também outros militantes do PS consideravam que a decisão política que melhor serviria os interesses do País, da esquerda e do PS seria o voto contra o orçamento.
Num momento de grande dificuldade e confusão nada melhor que uma posição clara e determinada de rejeição do modelo político-social que está a ser desenvolvido pelo actual governo.
A resistência ao desastre a que nos estão a conduzir e conhecendo os objectivos e a estratégia do PCP e do BE, só terá sucesso se for feita pelo PS, o que implica uma alternativa determinada, corajosa e que não permita qualquer confusão.
Como é óbvio, os míticos mercados e as perspicazes agências de rating, a quem pagamos principescamente para nos atirarem para o lixo, não estão nada preocupadas com a posição do PS, nem alteram em nada as suas análises e os seus remédios em função dessa posição. Quem está verdadeiramente interessada nas posições do PS e as vai condicionando a seu favor são o PSD e o CDS, por meras razões partidárias internas e o PS tem vindo a colaborar nesse jogo fatídico.
No PS mais do que análise precisa-se de visão e prospectiva, e de pouco servirá vir a pouco e pouco a reconhecer o que se deveria ter feito e não fez.
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