segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AS ELITES DE COIMBRA

As cidades continuam a ser factores determinantes de desenvolvimento e de construção do futuro.  
  
A "urbanização" humana é um facto que tende a acentuar-se carecendo, por isso, as cidades para onde, todos os dias, caminham mais homens e mulheres, de uma enorme capacidade organizacional, de planeamento e de gestão e, sobretudo, de uma visão enquadradora das soluções do presente à luz da visão de um determinado futuro.

As cidades precisam, por isso, de "crânios" que as pensem e as antecipem e que dentro delas se acordem patamares mínimos de intervenção que não matem opções secundárias diversas. As cidades para estarem na vanguarda e assumirem protagonismos estratégicos, sinónimo de desenvolvimento sustentado, precisam de elites capazes de construções coerentes e alternativas viáveis.

Na angustia, perante a irrelevância progressiva e na convicção de que o problema é verdadeiramente um problema de elites, pergunto-me, muitas vezes, quem são e onde estão as elites de Coimbra.

Na verdade, por vezes surgem alguns protagonistas, que acabam por assumir-se como cogumelos que aparecem repentinamente e até têm efeitos alucinogénos, mas que depois desaparecem rapidamente no desejo de aparecerem na capital onde tudo se decide, se vende e se compra.

Coimbra é, tem sido, um mostruário, um pouco como aquelas equipas do meio da tabela em que os jogadores tudo fazem para aparecer com o único objectivo de transitarem para um grande, e por isso Coimbra não consegue chegar aos lugares cimeiros nem disputar a Europa.

Quem são e onde estão as elites de Coimbra?

Sem comentários:

Enviar um comentário